Emaús: festa de S. Cléofas e S. Simeão | Custodia Terrae Sanctae

Emaús: festa de S. Cléofas e S. Simeão

Como é tradição na Terra Santa, no domingo após o dia 28 de setembro, celebra-se a Festa dos Santos Cléofas e Simeão, dois discípulos que encontraram Jesus depois da ressurreição, enquanto iam a Emaús.

A peregrinação, feita no domingo depois do dia indicado pelo calendário gregoriano, è um dos momentos oficiais de visita ao santuário e ao lugar El-Qubeibe (“pequena cúpula”, em língua árabe).O Santuário, chamado Manifestação do Senhor, recorda o encontro entre Jesus ressuscitado e dois discípulos, que o reconheceram no gesto da fração do pão. Com as localidades Abu Gosh e Nicópolis éum dos três locais aos quais é atribuída essa memória, mas o único que é franciscano. Esse local foi adquirido em 1861 pela marquesa e serva de Deus PaolinaPaolina de Nicolay e doado à Custódia da Terra Santa. Desde então, diversas escavações arqueológicas foram feitas. Essas levaram ao descobrimento de restos da basílica cruzada, construída sobre a “casa de Cléofas” e algumas casas do vilarejo, alinhadas ao longo da via romana, a uma distância de cerca de 60 estádios de Jerusalém, coerente com a medida fornecida pelo Evangelho de Lucas (24, 13-35).

Fr. DobromirJasztal, Vigário da Custódia da Terra Santa presidiu a celebração eucarística. Ao comentário as leituras, Fr. Dobromir falou do státus dos dois discípulosdo texto evangélico.“Na narração do Evangelista, disse Fr.Jasztal, “os dois discípulos deixaram de buscar. Tinham o coração cheio de amargura e frustração, porque seus sonhos tornaram-se ilusões. Pensava ter encontrado resposta à sua esperança, mas tudo havia terminado”. Naquele momento, Deus se aproximou e caminhou com eles, contou Fr.Dobromir, e foi Ele que iluminou também a vida, morte e ressurreição de cada um, o caminho da história em que todos estamos imersos.

“A mensagem da celebração de hoje” comentou Fr.Dobromir “è aprender a reler a própria história à luz da Escritura a fim de interpretar tudo o que nos acontece n avida, a partirdela. Em síntese, a experiência que Jesus faz que aconteça aos dois discípulos, no momento de Ele partir o pão”.

Giovanni Malaspina