Continuam as celebrações da Semana Santa em Jerusalém, onde os cristãos rivivem a paixão, morte e ressurreição do Senhor, precisamente nos lugares em que tudo aconteceu, há mais de dois mil anos. Num clima especialmente intenso e recolhido, se faz memória dos últimos e dramáticos dias da vida de Jesus, até Seu derradeiro sacrifício na Cruz, ao qual seguirá Sua ressurreição gloriosa, a qual projetará o mundo inteiro na luz e na esperança de uma vida nova em Deus.
A partir da Quinta-Feira Santa, os encontros serão mais densos, com a Santa Missa em memória da Última Ceia do Senhor, o rito do Lava-Pés e a Hora Santa no Getsêmani. Mas, já a primeira parte da semana é ritmada por momentos importantes, que ajudam a penetrar sempre mais profundamente nos mistérios para os quais a Comunidade cristã se prepara a fim de celebrá-los.
Como é tradição, na manhã da Terça-Feira Santa, às 7h30min, no Santuário da Flagelação, anexo ao homônimo convento franciscano, localizado no início da Via Dolorosa, na Cidade Velha de Jerusalém, foi celebrada a solene Santa Missa, durante a qual foi cantada a "Passio Christi", segundo a narração dos Evangelhos. Através de quatro encontros, a saber, Domingo dos Ramos, Terça-Feira, Quarta-Feira e Sexta-Feira Santas, se volta a percorrer os textos dos quatro Evangelhos que narram os trágicos momentos com os quais se encerra a vida terrena de Jesus. A assembleia dos fieis escuta, ativa e comovidamente, os três cantores que, cada vez, animam a proclamação do Evangelho.
A Santa Missa de Terça-Feira foi presidida por Fr. Artêmio Vítores, Vice-Custódio, assistido por Fr. Najib Ibrahim, Guardião da Flagelação e Professor de Exegese do NT, no Studium Biblicum Franciscanum, que tem sua sede no mesmo lugar. Verdadeiramente numerosa foi a participação da Fraternidade franciscana da Custódia da Terra Santa, e muitos sacerdotes concelebraram. Os fieis, religiosos e consagradas de diversas congregações, cristãos locais, também colaboradores e voluntários, que há tempo vivem nesses lugares, e pequenos grupos de peregrinos, desejosos de fazer a experiência da Páscoa na terra de Jesus, lotaram inteiramente a capela ou acharam lugar também ao lado de fora do Santuário, onde haviam sido dispostos bancos e cadeiras, ante a entrada da capela.
Nesta área, Jesus compareceu diante de Pôncio Pilatos, aqui foi julgado, condenado à morte e carregado com a cruz. Daqui, ainda hoje, parte a Via-Sacra que os franciscanos repetem cada sexta-feira, à tarde, e que grupos de peregrinos, vindos de todo o mundo, percorrem unidos por única fé. A Paixão de Cristo interpela-nos, aqui de modo especial. Os fatos daqueles dias, que mudaram a história humana, nos envolvem com força e convidam cada cristão, sobretudo durante esta semana, a volver o coração para a Terra Santa, a entrar em comunhão com Jerusalém e a descobrir no mistério, que aqui se renova, o sentido profundo da fé cristã.
Texto de Caterina Foppa Pedretti
Foto por Marie-Armelle Beaulieu
A partir da Quinta-Feira Santa, os encontros serão mais densos, com a Santa Missa em memória da Última Ceia do Senhor, o rito do Lava-Pés e a Hora Santa no Getsêmani. Mas, já a primeira parte da semana é ritmada por momentos importantes, que ajudam a penetrar sempre mais profundamente nos mistérios para os quais a Comunidade cristã se prepara a fim de celebrá-los.
Como é tradição, na manhã da Terça-Feira Santa, às 7h30min, no Santuário da Flagelação, anexo ao homônimo convento franciscano, localizado no início da Via Dolorosa, na Cidade Velha de Jerusalém, foi celebrada a solene Santa Missa, durante a qual foi cantada a "Passio Christi", segundo a narração dos Evangelhos. Através de quatro encontros, a saber, Domingo dos Ramos, Terça-Feira, Quarta-Feira e Sexta-Feira Santas, se volta a percorrer os textos dos quatro Evangelhos que narram os trágicos momentos com os quais se encerra a vida terrena de Jesus. A assembleia dos fieis escuta, ativa e comovidamente, os três cantores que, cada vez, animam a proclamação do Evangelho.
A Santa Missa de Terça-Feira foi presidida por Fr. Artêmio Vítores, Vice-Custódio, assistido por Fr. Najib Ibrahim, Guardião da Flagelação e Professor de Exegese do NT, no Studium Biblicum Franciscanum, que tem sua sede no mesmo lugar. Verdadeiramente numerosa foi a participação da Fraternidade franciscana da Custódia da Terra Santa, e muitos sacerdotes concelebraram. Os fieis, religiosos e consagradas de diversas congregações, cristãos locais, também colaboradores e voluntários, que há tempo vivem nesses lugares, e pequenos grupos de peregrinos, desejosos de fazer a experiência da Páscoa na terra de Jesus, lotaram inteiramente a capela ou acharam lugar também ao lado de fora do Santuário, onde haviam sido dispostos bancos e cadeiras, ante a entrada da capela.
Nesta área, Jesus compareceu diante de Pôncio Pilatos, aqui foi julgado, condenado à morte e carregado com a cruz. Daqui, ainda hoje, parte a Via-Sacra que os franciscanos repetem cada sexta-feira, à tarde, e que grupos de peregrinos, vindos de todo o mundo, percorrem unidos por única fé. A Paixão de Cristo interpela-nos, aqui de modo especial. Os fatos daqueles dias, que mudaram a história humana, nos envolvem com força e convidam cada cristão, sobretudo durante esta semana, a volver o coração para a Terra Santa, a entrar em comunhão com Jerusalém e a descobrir no mistério, que aqui se renova, o sentido profundo da fé cristã.
Texto de Caterina Foppa Pedretti
Foto por Marie-Armelle Beaulieu