Os párocos da Custódia em reunião no Monte Tabor | Custodia Terrae Sanctae

Os párocos da Custódia em reunião no Monte Tabor

Dois dias trabalhando pelas Paróquias da Terra Santa e partilhando próprias experiências como Pastores. Os Párocos da Custódia da Terra Santa, em fins de outubro, reuniram-se no convento sobre o Monte Tabor, na Galileia, como é previsto no Programa trienal para a Formação permanente, em apoio aos Párocos. Os encontros realizaram-se por iniciativa do Moderador da Formação permanente da Custódia Terra Santa, Fr. Marcelo Cichinelli e do Secretário para a Evangelização missionária da Custódia, Fr. Abdel Masih Fahim, que é também Coordenador dos Párocos. Foram dois dias de intensos trabalhos, que tiveram a presença do Vigário da Custódia da Terra Santa, Fr. Dobromir Jasztal e do Custódio da Terra Santa, Fr. Francesco Patton.
Foi discutido o Programa pastoral da Diocese, como o apostolado para a família e como atrair as famílias a fim de evangelizá-las na Paróquia. « A atividade do Pároco deve cobrir os campos de Zelar, Santificar e Ensinar – disse Fr. Abdel Masih Fahim -. Para estas jornadas escolhemos aprofundar o aspecto “Zelar”. O Pároco, na verdade, não é simplesmente sacerdote mas também Pastor, que deve interessar-se por todos: pequenos e grandes, pobres e ricos, sadios e doentes, famílias em crise ».
Padre Dobromir recordou a legislação da Ordem e da Igreja no papel do Pároco e, por isso, abordou a questão do ponto de vista do Direito Canônico e das Constituições gerais da Ordem. Houve, depois, Lectio divina através da releitura de um trecho do Evangelho de João.
Fr. Patton, durante o segundo dia de encontro, falou sobre a relação entre o ser franciscano e o ser Pároco, no contexto da Fraternidade. Recordou, na verdade, que a missão da Paróquia é confiada a uma Província da Ordem, a Província a confia a uma Fraternidade específica e o Pároco é um dos Frades com papel específico. O Custódio falou do papel do Pároco em relação à sua vida de oração, em relação à participação na vida franciscana e do espírito franciscano que deve guiar uma Paróquia.
Momento importante foi a Eucaristia presidida pelo Custódio, durante a qual se rezou pela Evangelização dos Povos e pelos que foram enviados entre os povos a anunciar o Evangelho, como se considera a Custódia nesses oitocentos anos de existência.
Muitos foram os temas enfrentados, afirma Fr. Marcelo Cichinelli: « Pastoral, jovens, como ajudar as pessoas a voltar aos sacramentos, como melhorar a Catequese para crianças, como tornar incisiva a participação das famílias nas missas dominicais, como envolver leigos e religiosos para que a Paróquia continue a ser centro de evangelização da Igreja ».
Grande comunhão uniu os participantes quando se chegou ao momento da partilha da própria experiência pessoal na Paróquia. « O zelo dos participantes e seu confronto entre desafios nos diferentes lugares são experiências que um pode aprender do outro, porque cada Paróquia tem suas caraterísticas », disse Fr. Abdel Masih Fahim.
Fr. Abdel Masih Famih também é Pároco da Paróquia de Ramleh e, por isso, achou útil encontrar-se com outros Párocos: « Pessoalmente fiquei muito contente por encontrar meus confrades, conviver com eles durante dois dias e escutar as experiências de todos. De maneira especial, apreciei os assuntos apresentados pelo Custódio e o Vigário da Custódia ».
Ramleh é paróquia pequena, com 1.400 fiéis de rito latino, que convivem num contexto de 4.000 cristãos de ritos diferentes, 16.000 muçulmanos e 53.000 hebreus. « Nossas atividades se voltam especialmente às crianças e jovens - explica Fr. Abdel -. Aqui vi como vivem juntos em paz, sem grandes problemas políticos. Isso não significa que não haja desafios, especialmente com crianças e jovens que frequentam as escolas do Governo e não conhecem bem o idioma árabe (hebreu?) ». Qual Bíblia devem ler essas crianças? E em qual missa devem participar? São somente algumas das perguntas que se faz o Pároco de Ramleh e não é só isso. Os Párocos da Custódia da Terra Santa continuam a trabalhar dia após dia, ano após ano, a fim de servir as Paróquias com atenção, caridade e desvelo e não abandonar jamais alguma ovelha perdida.

Beatrice Guarrera