Festa em Tel Aviv - Jafa para a comunidade latinoamericana e filippina | Custodia Terrae Sanctae

Festa em Tel Aviv - Jafa para a comunidade latinoamericana e filippina

Há um momento de partilha, que cada ano reúne as duas comunidades lationoamericanas de Tel Aviv-Jafa e de Ramleh. As duas comunidades seguem os ritmos do Estado de Israel e trabalham, portanto, no domingo a sexta-feira. Somente no dia de sábado descansam e se reúnem para a celebração da Santa Missa nas respectivas localidades. Entre as duas comunidades são dezasseis quilômetros de distância, mas isso não impede que haja momentos de partilha fraterna e atividades religioasas e recreativas. A maior dessas celebrações é a de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira de todo o continente americano e das ilhas filipinas, que se celebra no dia 16 de dezembro. Pela primeira vez na Terra Santa a solenidade envolveu também outras comunidades presentes em Jafa e, de modo especial, aquela filipina.
« Com grande alegria todos os fiéis de nossa capelania lationamericana deram o melhor de si para preprarar a festa - conta Fr. Agustìn G. Pelayo Fregoso, superior do convento Santo Antônio de Jafa -. Alguns estão aqui há vinte anos, mas dizem que neste ano aconteceu uma das mais belas festas ».
A missa na festa de Nossa Senhora de Guadalupe não foi na igreja S. Pedro porque a multidão dos fiéis não caberia.
« Preparar essa festa tomou-nos pouco tempo – afirma Fr. Agustìn -: Nossa Senhora sabe como chegar ao coração de todos os seus filhos, compartilhamos língua e história e somos abertos a acolher-nos, apesar de nossa proveniência não ser homogênea. Somos de muitos países, mas todos somos cristãos e latinos, e esss duas caraterísticas nos possibilitam abater muitas dificuldades ».
Para a importante celebração foi convidado o Adminstrador Apostólico do Patriarcado latino de Jerusalém, Mons. Frei Pierbattista Pizzaballa, que presidiu a Santa Missa em Espanhol. O novo Núncio Apostólico em Israel assistiu à celebração, juntamente a sacerdotes e representantes das diferentes Embaixadas latinoamericanas e filipinas. A igreja estava enfeitada para a festa, com grande quantidade de rosas, a fim de marcar na mente dos fiéis o milagre das flores no manto do índio Juan Diego, ao qual apareceu Nossa Senhora, em 1531.
Para a ocasião foi colocada em cena uma representação da colina do Tepeyac, ao Norte da cidade do México, sobre o qual teria aparecido a Virgem a Juan Diego.
Na celebração religiosa, foram usadas as línguas faladas na América do Sul, além do tagalo. Mas a homilia, feita por Fr. Agustin, foi em Espanhol e Inglês, assim como os cantos durante toda a Eucaristia.
Terminada a missa, foi realizada pequena procissão até o teatro da Paróquia de Santo Antônio, onde, após a bênção da imagem de Nossa Senhor de Guadalupe, iniciou a “Festa latina”. Cada membro das capelanias se havia comprometido com seus conacionais de preparar diferentes tipos de comida que representassem a própria nação e cultura. « Não era importante se éramos poucos de um país ou muito mais que de outros: todos fizemos festa – afirma o superior da igreja de Jafa. Nossas famílias são mistas, muitos de nossos fiéis são casados com hebreus e certamente também eles se sentiram acolhidos pela nossa comunidade. Fizemos os augúrios a eles por causa da festa de Hannukkah».
As comunidades quiseram lançar ao alto um rosário de balões, representando assim o desejo de paz para a Terra Santa. Depois, começaram as representações culturais e as danças típicas dos diferentes países, dando um toque festivo e um grande espírito de unidade, apesar da diversidade das comunidades de sangue latino em Israel.